quarta-feira, 11 de setembro de 2019

GARRINCHA - O REI DO DRIBLE

GARRINCHA
Nome: Manoel Francisco dos Santos
Data de Nascimento: 28/10/1933
Cidade: Pau Grande/RJ
País: Brasil
Posição: Ponta-direita
Clubes que jogou: Botafogo (1953 a 1965), Corinthians (1966), Flamengo (1969) e Olaria (1972);
Jogos pela Seleção: 50
Gols pela Seleção: 13




TÍTULOS
Campeão Carioca: (1957, 1961 e 1962);
Campeão do Torneio Rio-São Paulo: (1962 e 1964);
Campeão da Copa do Mundo: (1958 e 1962).

ALMANAQUE
(Pane nos Soviéticos)

Maior potência espacial do fim dos anos 50, a União Soviética levava tão a sério a tecnologia que tinha conseguido alguns filmes de jogos do Botafogo, além da ficha completa de Garrincha para parar o atacante do Brasil na Copa de 1958. Deu dó. Na primeira bola, Mané cortou o zagueiro e mandou a paulada na trave. Era a estréia dele numa Copa e, com míseros 60 segundos, começava a entrar em pane o arsenal tecnológico soviético, capaz de pôr o primeiro homem no espaço, mas insuficiente para brecar Manoel Francisco dos Santos.

MENINO DE ASAS

Irreverente, sim. Mas Garrincha sempre quis a vitória tanto quanto os dribles. Sem ele, o Brasil não teria metade das glórias que alcançou em sua história.
"Por Edson Rossi"

Dizer o que de quem fez a torcida gritar pela primeira vez olé dentro de um estádio de futebol? E nem era a torcida de time dele, o Botafogo, mas sim mexicanos que assistiam a uma de suas exibições pelo mundo. O jogo valia por um desses torneios caça-níqueis aos quais o time carioca era convidado. O adversário do Botafogo era o River Plate, da Argentina - o jogo terminou empatado por 1 x 1. O adversário de Garrincha era apenas o lateral Vairo, que de tão humilhado em campo, acabou substituído. Num dos dribles, o ponta parou, encarou o inimigo e partiu para o cruzamento, como se não houvesse ninguém por ali. Os torcedores soltaram o primeiro olé, expressão até então típica de touradas. "Não há nada o que fazer. É impossível", sentenciou Vairo ao sair do gramado. João Saldanha, técnico do Botafogo na época, notou que o argentino estava feliz.
      Não havia mesmo nada a fazer diante de Garrincha. Assim como não ha como defini-lo senão dizendo que Mané arrebentava. Era imprevisível e dono de um futebol que jamais se enquadrou a esquemas táticos, características que lhe renderam uma das mais incorretas famas dentro do futebol nacional, a de que preferia o drible ao gol, a inconsequência a vitória. Seu amor pelo espetáculo não significou, em momento algum, que Mané não fosse um atleta obcecado pela vitória. Era, sim. Em quase 13 anos no Botafogo, em que conquistou os títulos cariocas de 1957, 1961 e 1962, fez 579 jogos e marcou 249 gols. Pela Seleção Brasileira, jogou 50 vezes e marcou 13 gols. Perdeu apenas uma partida pela seleção - a última, na Copa de 1966, nos 3 x 1 para a Hungria. E quando jogou ao lado de Pelé, o Brasil nunca foi derrotado. É isso mesmo: com Pelé e Garrincha de camisa amarela, ou dava empate ou dava Brasil.
      Uma das pessoas que melhor entenderam Mané foi outro botafoguense histórico, o dublê de cronista, jornalista e treinador João Saldanha. "Daqui a 400 anos, toda vez que falarem de futebol, terão de falar de Mané Garrincha", resumiu Saldanha. Nada mais justo para o ponta que ganhou lugar no time principal do Botafogo por humilhar o lateral de Seleção Brasileira Nilton Santos num treino. "Se Mané não estivesse no mesmo time que eu, dificilmente eu jogaria até os 38 anos e teria sido titular numa Copa do Mundo aos 37", admitia Nilton Santos, certo de que todos os laterais esquerdos do país caíam no ostracismo ao enfrentar Garrincha.
       Os estragos que fazia com a camisa botafoguense ele repetia com a a da Seleção Brasileira. Mané foi bicampeão mundial e, para muitos, não fosse ele o Brasil teria saído da Copa do Chile, em 1962, muito mais cedo. Naquele mundial, Pelé machucou-se no segundo jogo e não voltaria mais ao time. Pois Garrincha assumiu o comando da Seleção, fez quatro gols - tornando-se um dos artilheiros do torneio - e voltou de Santiago com a taça na bagagem. O Jornal chileno "El Mercurio" resumiu o que foi a participação dele na Copa com a manchete "De que planeta vem Garricha?".
       Em 1965, os problemas crônicos com os joelhos já o impediam de jogar e Garrincha praticamente se despediu do Botafogo. No ano seguinte, foi para o Corinthians e depois para o Flamengo. Não tinha mais, no entanto, a mesma ginga, o mesmo arranque. Dispensado, passou a rodar atrás de clubes menores. Vestiu a camisa do Milionários, do Olaria e fez vários jogos na várzea - nos quais ganhava algum dinheiro por partida. Sua ultima apresentação com uma camisa 7 nas costas aconteceu de forma melancólica, no Natal de 1982. Mané estava com 49 anos e jogou 20 minutos pelo Planaltina, do Distrito Federal, contra um time sindical. Menos de um mês depois dia 20 de Janeiro de 1983, morreu de crise depressiva e em função do porre que havia tomado no Natal.


domingo, 6 de janeiro de 2019

JOHAN CRUYFF

CRUYFF
Nome: Johannes Cruyff
Data de Nascimento: 25/04/1947
Cidade: Amsterdã
País: Holanda
Posição: Todas, menos o gol.
Clubes que jogou: Ajax-HOL (1964 a 1973), Barcelona-ESP (1973 a 1978), Los Angeles Aztecs-EUA (1979), Washington Diplomats-EUA (1980), Levante-ESP (1981), Ajax-HOL (1981 a 1983) e Feyenoord-HOL (1983 a 1984).
Jogos pela Seleção: 48
Gols pela Seleção: 33


TÍTULOS
Campeão Holandês: (1966, 1967, 1968, 1970. 1972, 1973 e 1983);
Campeão da Copa da Holanda: (1967, 1968, 1970, 1972, 1973 e 1983);
Campeão da Copa do Campeões: (1971, 1972 e 1973);
Campeão da Supercopa Européia: (1972, 1973 pelo Ajax e 1984 pelo Feyenoord);
Campeão Espanhol: (1974)
Campeão da Copa do Rei: (1978) pelo Barcelona.

14 era a camisa que Cruff usava num dia em que fez dois gols. Não a largou mais.

O AGENTE LARANJA DOS GRAMADOS

Ninguém mudou tanto a forma de jogar futebol como Cruyff. O homem que transformou a então modesta Holanda numa potência mundial.
*Por Ronaldo Nunes*

     O futebol teve muitos craques em sua história e todos deram alguma contribuição ao esporte. Mas nenhum representou tanto uma mudança na forma de conceber o futebol.
     O Talento despertou cedo. A mãe o colocou para jogar no Ajax de Amsterdã aos 13 anos. Aos 16, já assinava seu primeiro contrato profissional. No jogo de estreia entre os adultos, fez um gol e não saiu mais do time. Aos 19, debutava na Seleção num jogo contra a Hungria, fazendo o gol de empate holandês aos 48 minutos do segundo tempo.
     Que época melhor para uma revolução no futebol do que o final dos loucos anos 60? Cruyff era um revolucionário, um homem que não acreditava no futebol de funções específicas, o único que se conhecia até então. Ele tinha fome de jogo, queria mais do que no centro do ataque esperando a bola chegar. Ia lá atrás, queria marcar o adversário e tirar-lhe a bola... uma loucura! Mas tinha todas as condições de fazer isso: sabia marcar, tinha um fôlego invejável, era exímio no controle de bola em velocidade. Aliás, velocidade é a palavra chave. Num instante ele alterava o ritmo, cortava para um lado ou para outro, passava a bola e já estava lá na frente para receber. Veloz de chutes longos e certeiros, giros em pequenos espaços. Rápido. driblava com facilidade, sempre para a frente. Ligeiro. Conseguia chegar à área adversária para mostrar que era bom cabeceador e artilheiro.
     Com um jogador assim, os colegas de time tiveram de começar eles mesmos a se mexer. Senão, Cruyff mesmo tomava uma atitude. Ninguém via o jogo como ele, Não pensava duas vezes em orientar os companheiros. Coube a Rinus Michels, técnico do Ajax, fazer com que todos começassem a entrar no espírito, exercendo varias funções em rodízio dentro de campo. Essa tática revolucionária transformou o time holandês no maior da Europa e, quando transposta para a Seleção, transformou o mundo do futebol. Estava criado o Carrossel Holandês.
     Em 1973, Cruyff deixou o Ajax para jogar no Barcelona na mais cara negociação da história até então. Pagou o investimento sendo o melhor jogador do Campeonato Espanhol de 1974, que teve o time catalão como campeão, colocando fim em um jejum de 14 anos. No mesmo ano levou a Seleção à Copa do Mundo, depois de 20 anos de ausência e terminou vice-campeão mundial. Ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador da Europa em 1971, repetiu a feito em 1973 e 1974, ficando em terceiro lugar em 1975. Foi o esportista da Holanda em 1971, 1973 e 1974.
     Mas o capitão holandês tinha um gênio difícil. "Nunca na minha vida aceitei uma ordem", garante ele até hoje, com indisfarçável orgulho. Brigou várias vezes com os dirigentes de seu país e acabou abandonando a Seleção pouco antes da Copa de 1978.
     Cansado de ser perseguido com violência nos gramados espanhóis, onde chegou a ter uma perna quebrada, Cruyff deixou o Barcelona para duas temporadas nos Estados Unidos. Acabou voltando para a Holanda, onde jogou até os 37 anos, sendo apontado como o melhor jogador do país em 1983 e 1984.
     Encerrada a carreira, Cruyff se tornou um técnico de sucesso em dois de seus principais ex-times. Ganhou um título holandês pelo Ajax foi para o Barcelona. Com a equipe catalã, ganhou dois títulos espanhóis, uma Copa do Rei e uma Copa dos Campeões, quebrando ainda o recorde de permanência de um técnico no clube: nove anos. Mas não foi uma época fácil. Sua personalidade forte provocou inúmeros atritos com jogadores como Romário e Stoichkov, que acabou afastado do clube por ordem de Cruyff. Teve ainda um enfarte, que lhe custou uma cirurgia para a implantação de pontes de safena no coração.
     Após isso levou uma vida mais tranquila, apenas cuidando de seus negócios e trabalhava esporadicamente como comentarista.
     Em 22 de outubro de 2015, Cruijff anunciou oficialmente que foi diagnosticado com câncer de pulmão. Ele foi um fumante inveterado ao longo de sua vida, inclusive no período de maior brilho de sua carreira, mas havia parado de fumar em 1991. Morreu vitimado pela doença, em Barcelona, em 24 de março de 2016.
     Sua morte ocorreu em período de data FIFA, rendendo minutos de silêncio imediatos, ou ainda um minuto de aplausos ao longo do minuto 14 de partidas, desde a um jogo entre a Argentina e Chile em Santiago, na América do Sul, ao clássico de Roterdã, entre o velho rival Feyenoord e Sparta. No dia seguinte, houve partida da seleção neerlandesa em Amsterdã, contra a França, repetindo as homenagens ao longo do minuto 14, em que a partida foi paralisada pela organização. O jogo foi no estádio do Ajax; a partida realizada pelo clube no local, em 3 de abril, teve homenagem similar, além de cortejo proveniente do bairro proletário de Betondorp (onde Cruijff crescera) com faixas e imagens do ídolo e participação de alguns ex-jogadores como Edwin van der Sar e Marc Overmars. A partida terminou em 3 x 0 sobre o Zwolle. Antes dela, jogadores das duas equipes vestiram agasalhos com o número 14. O tributo, que levou o filho Jordi Cruijff às lágrimas, incluiu réplicas gigantes de camisas do Ajax, da seleção e do Barcelona.
O Ajax posteriormente anunciaria que o estádio, a então Amsterdam Arena, seria renomeado Johan Cruijff Arena, em divulgação feita no dia em que o craque completaria 70 anos. Curiosamente, Cruijff jamais atuara na Arena, apenas no estádio antigo do Ajax, De Meer (próximo à casa em que vivia na juventude) e ocasionalmente no Olímpico, sede da Fundação Johan Cruijff para prática esportiva a crianças com deficiência.

TODOS OS JOGOS DE CRUYFF PELA SELEÇÃO HOLANDESA

07/09/1966 - 2x2 - Hungria (Roterdã) - 1 gol
06/11/1966 - 1x2 - Tchecoslováquia (Amsterdã) - 0 gol
13/09/1967 - 1x0 - Alemanha Oriental (Amsterdã) - 1 gol
04/10/1967 - 2x3 - Dinamarca (Copenhague) - 0 gol
01/11/1967 - 1x2 - Iugoslávia (Roterdã) - 0 gol
01/05/1968 - 0x0 - Polônia (Varsóvia) - 0 gol
26/03/1969 - 4x0 - Luxemburgo (Roterdã) - 1 gol
07/09/1969 - 1x2 - Polônia (Roterdã) - 0 gol
05/11/1969 - 0x1 - Inglaterra (Amsterdã) - 0 gol
14/01/1970 - 0x0 - Inglaterra (Londres) - 0 gol
02/12/1970 - 2x0 - Romênia (Amsterdã) - 2 gols
24/02/1971 - 6x0 - Luxemburgo (Roterdã) - 2 gols
10/10/1971 - 3x2 - Alemanha Oriental (Roterdã) - 0 gol
17/11/1971 - 8x0 - Luxemburgo (Eindhoven) - 3 gols
01/12/1971 - 2x1 - Escócia (Amsterdã) - 1 gol
16/02/1972 - 3x0 - Peru (Roterdã) - 0 gol
30/08/1972 - 2x1 - Tchecoslováquia (Praga) - 1 gol
01/11/1972 - 9x0 - Noruega (Roterdã) - 2 gols
19/11/1972 - 0x0 - Bélgica (Antuérpia) - 0 gol
02/02/1973 - 3x2 - Espanha (Amsterdã) - 1 gol
22/08/1973 - 5x0 - Islândia (Amsterdã) - 2 gols
29/08/1973 - 8x1 - Islândia (Deventer) - 2 gols
12/09/1973 - 2x1 - Noruega (Oslo) - 1 gol
10/10/1973 - 1x1 - Polônia (Roterdã) - 0 gol
18/11/1973 - 0x0 - Bélgica (Amsterdã) - 0 gol
27/03/1974 - 1x1 - Áustria (Roterdã) - 0 gol
26/05/1974 - 4x1 - Argentina (Amsterdã) - 0 gol
15/06/1974 - 2x0 - Uruguai (Hanôver) - 0 gol
19/06/1974 - 0x0 - Suécia (Dortmund) - 0 gol
23/06/1974 - 4x1 - Bulgária (Dortmund) - 0 gol
26/06/1974 - 4x0 - Argentina (Gelsenkirchen) - 2 gols
30/06/1974 - 2x0 - Alemanha Oriental (Gelsenkirchen) - 0 gol
03/07/1974 - 2x0 - Brasil (Dortmund) - 1 gol
07/07/1974 - 1x2 - Alemanha Ocidental (Munique) - 0 gol
04/09/1974 - 5x1 - Suécia (Estocolmo) - 1 gol
25/09/1974 - 3x1 - Finlândia (Helsinque) - 2 gols
20/11/1974 - 3x1 - Itália (Roterdã) - 2 gols
10/09/1975 - 1x4 - Polônia - (Chorzów) - 0 gol
15/10/1975 - 3x0 - Polônia - (Amsterdã) - 0 gol
25/04/1976 - 5x0 - Bélgica - (Roterdã) - 0 gol
22/05/1976 - 2x1 - Bélgica - (Bruxelas) - 1 gol
16/06/1976 - 1x3 - Tchecoslováquia (Zagreb) - 0 gol
13/10/1976 - 2x2 - Irlanda do Norte (Roterdã) - 1 gol
09/02/1977 - 2x0 - Inglaterra (Londres) - 0 gol
26/03/1977 - 2x0 - Bélgica (Antuérpia) - 1 gol
12/10/1977 - 1x0 - Irlanda do Norte (Belfast) - 0 gol
26/10/1977 - 1x0 - Bélgica (Amsterdã) - 0 gol

48 jogos
33 gols


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

JOSIMAR - O CLÁSSICO VOLANTE

JOSIMAR
Josimar Rosado da Silva Tavares, mais conhecido como Josimar (Pelotas, 18 de agosto de 1986 - La Unión, 29 de novembro de 2016) foi um futebolista brasileiro que atuava como volante. Sua última atuação foi pela Chapecoense.

HISTÓRIA
Sua primeira oportunidade como jogador foi no Internacional, em 2007, aos 20 anos, jogando pelo time B que representou o clube nas primeiras rodadas do Gauchão. Depois disso, teve passagens de empréstimo por Brasil de Pelotas, Fortaleza, e Al-Watani, da Arábia Saudita.
Retornou ao Inter em 2009, sendo titular no meio-campo do time B, durante a Copa Arthur Dallegrave (FGF), na qual o Inter foi campeão. Com a conquista do título estadual, o grupo B representou o Internacional nas primeiras partidas do Gauchão 2010, com Josimar novamente no comando do meio-campo colorado. Com boas atuações rapidamente subiu ao time principal.
Em maio de 2010, é anunciado seu empréstimo à Ponte Preta para a disputa da Série B do Brasileirão.
Voltou ao Internacional em 2012. Disputou posição no meio-campo colorado, tendo sido inscrito na Pré-Libertadores. Apesar de ter sido trocado por Dátolo na lista de inscritos da competição, continuou sendo relacionado pelo técnico Dorival Júnior. Com a classificação colorada nas oitavas de final da Libertadores, foi reinscrito.
Depois de anos no Inter, Josimar marcou seu primeiro gol pelo clube em partidas oficiais no dia 2 de setembro de 2012, em partida contra o Flamengo. Na ocasião, o Inter venceu por 4 a 1. Em 2013, ganhou sequência como titular pelo técnico Dunga, tendo ido ao ataque e arriscando chutes a gol.
Em 2014, por indicação do técnico Gilson Kleina , com quem trabalhou na Ponte Preta, foi emprestado ao Palmeiras até o final do ano. Após a goleada sofrida de 6 a 0 para o Goiás, Josimar acabou sofrendo tentativas de agressão e foi repassado seu empréstimo para o Ponte Preta. Chegou a Chapecoense em 2016 e jogos poucas partidas até o trágico acidente. Josimar foi uma das vítimas fatais da queda do Voo 2933 da Lamia, no dia 29 de novembro de 2016. A aeronave transportava a equipe do Chapecoense para Medellin, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2016. Além da equipe da Chapecoense, a aeronave também levava 21 jornalistas brasileiros que cobririam a partida contra o Atlético Nacional (COL).

FICHA TÉCNICA
Nome: Josimar Rosado da Silva Tavares
Data de Nascimento: 18 de agosto de 1996
Local de Nascimento: Pelotas (RS), Brasil
Falecido em: 29 de novembro de 2016 (30 anos)
Local da morte: La Unión, Antioquia, Colômbia
Altura: 1,81 m
Pé: Destro
Apelido: Jhosimar, Josimito, Alemão.
Período em atividade: 2007 à 2016 (9 anos)
Posição: Volante
Clube da Juventude: Internacional (2003 à 2007)

CLUBES EM QUE JOGOU




(Internacional-RS, Brasil de Pelotas-RS, Fortaleza-CE, Ponte Preta-SP, Al-Watani-SAU, Palmeiras-SP e Chapecoense-SC);

TÍTULOS
{ 01 } Copa FGF: 2009 - Internacional (B)-RS
{ 02 } Taça Farroupilha: 2012 e 2013 - Internacional-RS
{ 02 } Campeonato Gaúcho: 2012 e 2013 - Internacional-RS
{ 01 } Taça Piratini: 2013 - Internacional-RS
{ 01 } Campeonato Catarinense: 2016 - Chapecoense-SC
{ 01 } Copa Sul-Americana: 2016 - Chapecoense-SC



domingo, 11 de junho de 2017

SAI QUE É SUA TAFFAREL, O MELHOR GOLEIRO DO BRASIL

CLÁUDIO TAFFAREL
Cláudio André Mergen Taffarel, ou simplesmente Taffarel (Santa Rosa, 8 de maio de 1966), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como goleiro. É o atual treinador de goleiros do Brasil.
Reconhecidamente um dos maiores ídolos da história da Seleção Brasileira,e considerado por muitos,um dos melhores goleiros de todos os tempos, Taffarel pela seleção principal soma 104 jogos oficiais, 09 jogos não oficiais e mais 6 jogos da seleção Olímpica e 4 jogos da seleção do Pan americano somando 123 jogos, participando de três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998), sendo uma das principais peças do tetracampeonato. Integra o Hall da Fama da seleção no Museu do Futebol Brasileiro, ao lado de jogadores como Pelé, Zico, Romário e Ronaldo.
Caracterizou-se por ser um especialista em defender pênaltis, ganhando até um bordão do narrador Galvão Bueno, o "Sai que é sua, Taffarel!", repetido por Galvão devido a colocação perfeita e difíceis defesas do arqueiro.

ORIGENS
Pertencente à uma família pobre de descendentes de imigrantes italianos e alemães, passou a infância na cidade de Crissiumal, coincidentemente a mesma cidade onde nasceu o também goleiro Danrlei.

CLUBES
Internacional-RS - (1985 - 1990)
Começou a jogar profissionalmente no Colorado em 1985, se tornou ídolo imediato de uma torcida acostumada com goleiros sensacionais como Manga e Benítez. Taffarel, inclusive, apareceria para o futebol sendo conhecido pelo seu primeiro nome, Cláudio. Muito jovem, Taffarel marcou presença no Brasileiro de 1986, quando foi uma das revelações da competição. Taffarel rapidamente se tornou uma presença nacional de destaque, com sua convocação para seleção sendo praticamente exigida por toda a torcida brasileira devido a suas grandes atuações no Inter.
Na final da Copa União de 1987 (Campeonato Brasileiro) foi um dos destaques do colorado, no ano seguinte levou o Inter a mais uma final de Campeonato Brasileiro de 1988, entretanto, nas duas oportunidades acabou ficando com o vice-campeonato. A única decepção de sua carreira foi a de, apesar de ser um dos maiores ídolos da história do clube, jamais ter conquistado um título pelo Internacional. Taffarel disputou 24 Gre-Nais com a camisa do colorado.
Parma {Itália} - (1990 - 1993 / 2001 - 2003)
O melhor goleiro brasileiro no final da década de 80 e em toda a década de 90, Taffarel era sinônimo de ser goleiro, ídolo nacional. Construiu sua carreira europeia no Parma da Itália, que o contratou após a Copa do Mundo de 1990 na Velha Bota. Taffarel jogou no Parma por 5 temporadas; sua primeira passagem foi de 90 à 93, período em que conquistou 2 títulos importantes: a Copa da Itália em 1992 e Recopa Europeia em 1993. Estreou com a camisa número 1(um) do clube italiano na temporada 1990-1991, jogando todas as 34 partidas do Campeonato Italiano, repetiu o feito na temporada 1991-1992. Seu retorno ao clube aconteceu já no final de sua carreira, na temporada 2001-02, com tempo de conquistar mais um título no seu currículo: a Copa da Itália de 2002, na final contra a Juventus de Turim na vitória por 1x0 com boas defesas do brasileiro. Nessa época Taffarel era sondado por vários clubes do Brasil: Corinthians, Cruzeiro e Fluminense. Entretanto, em 2003, aos 37 anos, o brasileiro preferiu encerrar sua carreira na Europa em território italiano.
Reggiana {Itália} - (1993 - 1994)
Na temporada 1993-94, Taffarel foi emprestado do Parma para o Reggiana da Itália; o reforço do brasileiro, fez com que o time permanecesse na Serie A para a próxima temporada. Defendeu um pênalti na última rodada do italiano em 94 contra o Milan. Taffarel foi considerado um dos melhores goleiros do Campeonato Italiano de 1994, o que lhe rendeu a convocação para Copa do Mundo nos EUA naquele mesmo ano.
Atlético-MG (1995 - 1998)
Taffarel chegou ao Atlético-MG em 1995 comprado do Parma da Itália por R$ 1,3 milhões de reais, até então a contratação de goleiro mais cara da história do futebol brasileiro, sua chegada foi celebrada por uma grande festa pelas ruas de Belo Horizonte, o Atlético-MG organizou uma carreata com a presença inclusive de trio elétrico, contando com milhares de pessoas o acompanhando a carreata que durou por cerca de 3 horas. Taffarel fez sua estreia pelo Atlético-MG em um amistoso contra o Flamengo em 10 de fevereiro de 1995, no qual o placar final foi de 3 à 2 para o Atlético-MG. Atuou pelo Atlético-MG dos anos de 1995 até 1998 sendo seu último jogo pelo time mineiro na vitória sobre a Caldense por 2 a 0, jogo válido pelo Campeonato Estadual. Foi para a Copa de 1998 convocado pela seleção, e de lá partiu para o Galatasaray da Turquia, numa negociação que custou seiscentos mil dólares. Devido ao carinho que ele criou pela torcida atleticana, em sua saída ele escreveu uma carta pública a torcida explicando os motivos que o fizeram decidir por sair do clube, essa carta foi publicada no jornal O Estado de Minas em 12 de julho de 1998.
O ex-jogador participou no total de 191 jogos com a camisa alvinegra e levou 203 gols no total, nesse tempo Taffarel conquistou 3 títulos sendo eles o Campeonato Mineiro de Futebol de 1995, a Copa Centenário de Belo Horizonte em 1997 e a Copa Conmebol 1997. Taffarel também é o 4º goleiro que mais atuou pelo clube durante sua história.
Galatasaray {Turquia} - (1998 - 2001)
Na Europa, ainda é lembrado por ter parado o grande atacante francês Thierry Henry na final da Copa da UEFA do ano 2000. Taffarel era na época goleiro do Galatasaray e esse foi o primeiro
título continental do clube turco. Na Final, o Galatasaray e o Arsenal defrontaram-se no Estádio Parken, na Dinamarca, num jogo bastante equilibrado, que terminou num empate a zero no fim dos noventa minutos e se estendeu até ao prolongamento. Na decisão pela marcação das grandes penalidades, o Galatasaray levou a melhor, vencendo por 4-1. Ergün Penbe, Hakan Şükür, Ümit Davala e Gheorghe Popescu marcaram para o Galatasaray, não possibilitando nenhuma defesa a David Seaman. Do lado do Arsenal, apenas Ray Parlour concretizou, sendo que Davor Šuker e Patrick Vieira falharam contra Taffarel.
Com esta vitória na Copa da UEFA, o Galatasaray fez história ao conquistar quatro troféus numa só época, juntando esta conquista ao Campeonato Turco, Taça da Turquia e a Supercopa Europeia em 2000. A decisão da Supercopa Europeia, disputada em agosto de 2000 no Estádio Olimpíco de Mônaco, reunia o Galatasaray, campeão da Copa da UEFA e o Real Madrid, campeão da Champions League. O Galatasaray venceu por 2 a 1, conquistando assim o quarto título da temporada, um recorde não superado até hoje no futebol turco. A contribuição do Taffarel naquela temporada, foi espetacular, levando o Galatasaray a ser o segundo no ranking da IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol), ficando atrás apenas do clube madrilenho. Sua atuação pelo time de Istambul entre 1998 e 2001, foi intensa, considerado um verdadeiro fenômeno entre a garotada turca.
Taffarel é idolatrado até hoje pela fanática torcida do Galatasaray, um dos grandes clubes da Turquia. Em 2012 foi contratado para ser o treinador de goleiros no clube turco.
SELEÇÃO BRASILEIRA OLÍMPICA
Começou a se destacar nas Olimpíadas de Seul em 1988, quando espantou o mundo, fechando o gol do Brasil na semifinal contra a Alemanha. Naquela partida, Taffarel defendeu três pênaltis, um na prorrogação e, mais dois na decisão das penalidades. Com o feito, levou o Brasil a grande final contra a antiga União Soviética, porém, na grande final, deixou escapar o ouro, perdendo o jogo por 2 a 1 de virada, se tornado vice-campeão olímpico, com a medalha de prata. A partir dali, Taffarel começava a aparecer no cenário do futebol mundial, com grandes atuações no Inter e na seleção, fizeram com que os italianos o levassem ao Parma, para ser o primeiro goleiro brasileiro a jogar no futebol italiano.
SELEÇÃO BRASILEIRA PRINCIPAL
Pela Seleção Brasileira, Taffarel tem o maior número de jogos de um goleiro da história, foram 123 aparições, com 113 jogos pela seleção principal. Cláudio Taffarel soma 4 jogos oficiais restritivos pela seleção dos Jogos Panamericanos de 1987 em Indianápolis e 6 jogos nas Olimpíadas de Seul 1988. Outro triunfo foi também ter jogado as edições das Copas de 90 na Itália, 94 nos Estados Unidos e 98 na França. Taffarel sofreu 15 gols nos 18 jogos em que defendeu o Brasil nas Copas do Mundo. Seu grande ápice na Seleção Brasileira foi a campanha rumo ao título na Copa do Mundo de 1994, defendendo uma das cobranças na disputa por pênaltis contra a Itália em plena final. Também disputou a final de 1998, perdida para a França.
  • O bordão "Sai que é sua, Taffarel!", criado pelo narrador Galvão Bueno para as defesas do goleiro.
PRÊMIOS E RECORDES
A IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol), retrata Taffarel como um dos melhores da história. Entre 1989 e 2013, Taffarel já esteve presente em 13 listas. Quando ainda era jogador, destacou-se por oito vezes entre os dez melhores do mundo. Com a carreira finalizada em 2003, aos 37 anos, Taffarel ainda foi considerado o 10º melhor goleiro do mundo na história da IFFHS, por cinco anos consecutivos (2009, 2010, 2011, 2012, 2013) entre os anos de 1987 e 2013.
Taffarel é o único goleiro campeão mundial da história a defender um pênalti numa final de Copa do Mundo. Tornou-se também o único jogador da Seleção Brasileira a nunca ser substituído em três Copas do Mundo consecutivas: 1990, 1994 e 1998, num total de 18 jogos como titular absoluto. Taffarel é dono do recorde em jogos de um goleiro brasileiro na história da Copa América, foram 25 partidas em 5 edições disputadas: 1989, 1991, 1993, 1995 e 1997, foi bicampeão vencendo em 1989 e 1997.

TÍTULOS
{ 02 } Copa América - (Brasil): 1989 e 1997;
{ 02 } Campeonato Turco - (Galatasaray): 1999 e 2000;
{ 02 } Copa da Turquia - (Galatasaray): 1999 e 2000;
{ 02 } Copa da Itália - (Parma): 1992 e 2002;
{ 01 } Copa do Mundo FIFA - (Brasil): 1994;
{ 01 } Liga Europa da UEFA - (Galatasaray): 2000;
{ 01 } Supercopa Europeia - (Galatasaray): 2000;
{ 01 } Recopa Europeia - (Parma): 1993;
{ 01 } Copa Conmebol - (Atlético): 1997;
{ 01 } Campeonato Mineiro - (Atlético): 1995;
{ 01 } Copa Centenário de Belo Horizonte - (Atlético): 1997;
{ 01 } Copa do Mundo Sub-20 - (Brasil): 1985;
{ 01 } Ouro nos Jogos Pan-Americanos - (Brasil): 1987;
{ 01 } Torneio Bicentenário da Austrália - (Brasil): 1988;
{ 01 } Taça das Nações - (Brasil): 1988;

PRÊMIOS INDIVIDUAIS
{ 04 } Sétimo Melhor goleiro do Mundo pela IFFHS: 1989, 1992, 1998 e 2000;
{ 02 } Bola de Prata da Revista Placar: 1987 e 1988;
{ 02 } Terceiro Melhor goleiro do Mundo pela IFFHS: 1991 e 1994;
{ 01 } Bola de Ouro da Revista Placar: 1988;
{ 01 } Quinte Melhor goleiro do Mundo pela IFFHS: 1990; 
{ 01 } Nono Melhor goleiro do Mundo pela IFFHS: 1997;
{ 01 } Terceiro Melhor jogador das Américas (Jornal uruguaio El País): 1988;
{ 01 } Terceiro Melhor goleiro da Copa do Mundo FIFA: 1994;
{ 01 } Melhor jogador da final da Copa da UEFA: 2000;
{ 01 } Segundo Melhor goleiro da América do Sul dos últimos 25 anos pela IFFHS
{ 01 } Melhor goleiro brasileiro da história, votação promovida em blog do Ilan no site globoesporte.com 


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.